Contabilidade

Noite de quarta, 19h19, bem aquecido dentro do aeroporto de Roma.

Café da manhã:café com leite, bolinhos e Mulino Bianco di Panna (o melhor biscoito do mundo!).
Almoço: Spaghetti a Carbonara, Fileto al Limone con patata. De sobremesa, um gelatto na Fontana di Trevi (foto).
Jantar: (ontem) Caneloni de Espinafre, Focaccia, Funghi frescos, entre outras coisas...
Na madrugada: niente di piú.
O que ouço: Di nuovo, rumori di aeroporto.



461 fotos.

Incontáveis imagens gravadas pra sempre na memória.
Momentos que serão (perdoe o clichê) inesquecíveis.
Foram 22 dias longe de casa.
Alguns quilos mais pesado.
Torno. Diferente, como em todas as viagens.
Começa agora a contagem regressiva pra próxima.
Eu tenho em mente aquelas que perseguirei; profissionalmente e particularmente.
Ou, quem sabe, por quê não juntar a sede com a vontade de beber?

Abaixo segue uma espécie de questionário ilustrado, com respostas minhas e do Yuri, trazendo uma breve retrospectiva do que vivemos.

Se não nos falarmos antes,
Bom 2008!
Obrigado pelo ano que passou.
Sempre com amor,
Conrado Giulietti.




Momento inesquecível...



Yuri - Visita a Liverpool. No Cavern Club e no Museu dos Beatles

Conrado - A última noite em Londres.

Momento ‘esquecível’...


Yu - Espera do trem em Pescara.

C - A limpeza que fiz no banheiro da Jaque em Londres. Culpa de uma paella que não caiu bem ao Yuri.

Per ridere...
Y - O Eduardo, o Joseph Climber que conhecemos em Madrid; eu desejando Feliz Natal para um indiano (!); Conrado caindo na escada do metrô; Conrado: “pessoal sai de perto do cara senão ele vai pensar que estamos olhando o dinheiro dele.” O cara (em português): “Pode ficar tranqüilo, não precisa se preocupar.”

C - O momento em que achei que iria morrer de tão bêbado na casa do Guga.

Per piangere... Y - Pepino...

C - As despedidas de Madri e Londres.

Cidade marcante...

Y - Todas, mas principalmente Monopoli por causa dos parentes.

C - A surpreendente Madri.

A melhor refeição...
Y - Salmão do Conrado.

C - A focaccia de Monopoli e a sopa da Mari em Madri. Como sobremesa, o crepe de Nutella com banana em Notting Hill.

A melhor foto...



Y - Eu com o Giani jogando fliperama.

C - Quando resolvo provar um chapéu pela primeira vez...



Mangia

Noite de domingo, 18h37, 4 gradi li fuori.

Café da manhã:café com leite e bolinhos.
Almoço: Oriechette al pomodori, come primo piatto. Dal secondo, Brasciola e um bolo de carne. Dopo, ensalata, porpetta e pane. Tuto con vino.
Jantar: (ontem) Pizza. Antes, una focaccia al Paese Vechio.
Na madrugada: niente.
O que ouço: Chico Buarque. Nesse momento, Iolanda.


De verdade? Não tenho muito o que dizer. Estou em férias nesses dias do gelado litoral italiano.
Mas eu tava louco de vontade de contar tudo o que estou comendo por aqui!

Deixo que as imagens falem por si só.
Buon Natale a tutti.
Torneró presto.
Arrivederci.

Em Casa

Tarde de sábado, 12h08, na geladíssima Monopoli
Café da manhã: Café com leite, bolinhos, e bolacha.
Almoço: Uma espécie de omelete, dois pedaços de focaccia e um Cordon Blue.
Jantar: Pizzaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Feita em casa.
Na madrugada: nada.
O que ouço: O Yuri roncando de leve.

Chegou a parte do descanso nas férias. Contabilizava ontem com Maria, e me recordo que esta é a quinta vez que estou aqui.
Aqui, me sinto em casa. Sou tratado como um filho, e o Yuri já está percebendo isso.


Ao término de nosso primeiro dia, ele disse estar se sentindo em casa. Mesmo ainda não falando italiano, percebe a vontade de todos de o compreender. Ele já está acostumando o ouvido e consegue entender muita coisa.

Chegar até aqui foi beeeeeeeeem difícil. Ônibus + Avião + Trem. Inclua aí uma espera de cinco. horas na estação de Pescara sem absolutamente nada para se fazer num baita frio e depois viajar no chão do corredor do trem por quatro horas. Eu estava prestes a dizer que viajamos feito animais, mas quando olhei pra frente, lá estava um cãozinho dentro da cabine, dormindo confortavelmente no colo de sua dona.

Vou ficando por aqui, por enquanto.

Nevou em Monopoli no último domingo, coisa que não acontecia há anos. Estou torcendo para que se repita, pois tornará nosso Natal muito especial.

Ciao!

Jogo do Ano

Noite de quinta, 18h21, tá um frio suportável lá fora.

Café da manhã: Uma pepsi e um KitKat.
Almoço: Burger King. Não me lembro o lanche, mas veio com batata e cebola frita. E eu ganhei um relógio!!
Jantar: Lembra o improviso de ontem? Baguete, Camembert, Chorizo Fatiado. Sobrou.
Na madrugada: nada.
O que ouço: Sons vindos de vários lugares. Estou no saguão do distante aeroporto de Girona.


Último dia da curta passagem em Barcelona.
Hora e vez de conhecermos o Camp Nou, a casa do Barça. Ou melhor, hora e vez para apenas eu conhecê-lo. Yuri arrega. Prefere o grande Aquário da cidade.

Antes de desembarcar por lá, um breve comentário sobre o metrô local. É bom, limpíssimo e bem sinalizado. Mas, de vez em quando, dá a impressão que você anda mais dentro dele do que propriamente nos trens. As conexões ficam muito longe uma da outra.

Chego cansado a região do Camp Nou. O estádio onde Ronaldinho Gaúcho e antes Romário, Ronaldo e Rivaldo brilharam é pujante. São 10 euros, com o desconto que arrumei (mó malandro) e o ticket vale um tour e um passeio no Museu.

Até aqui, não sei dizer bem, mas sinto um certo clima pesado no ar. Há uma movimentação a minha frente, alguns fãs mais ouriçados... ah!!! Agora entendo. Eles estão treinando num campo ao lado. É verdade!! Nesse domingo tem o jogo mais importante da vida deles. O Barça receberá o Real Madri, hoje o líder com quatro pontos de vantagem.


Quer ter uma idéia da dimensão desta partida? Narro, então, os acontecimentos que antecedem a compra do meu bilhete para o passeio no Camp Nou. A minha frente está um homem gordo, com seus 45 anos. Ele é inglês. Pede para ser atendido em seu idioma. Como fala alto, consigo ouvir o diálogo:

- Existem entradas para Barcelona x Real?
- Não, senhor, elas estão esgotadas.
- Mas não há nenhuma chance de eu conseguir uma?
- Hoje começa a venda para os sócios do clube. Caso alguém não compre, venderemos os bilhetes sobressalentes.
- E há essa possibilidade?
- Não creio. É o jogo do ano.
- Ok. Então, quero me tornar um sócio. Se eu me inscrever ainda hoje, consigo esse ingresso?
- Provavelmente.
E o Barça ganhou mais um associado.

Entre Dois Amores

Noite de quarta, 23h40, aquecido no excelente albergue.

Café da manhã: Café com leite, duas tostadas com geléia.
Almoço: Buffet em um Japonês. As coisas iam passando, e a gente pegando e comendo!
Jantar: Um belo improviso. Baguete, Camembert, Chorizo Fatiado e Cerejas frescas de sobremesa (foto).
Na madrugada: nada.
O que ouço: De novo, tec tec tec... (Yuri jogando o PSP).

Cores.
Uma cidade pulsante, viva.

Sabe quando você ouve que o artista está eternizado em suas obras? Pois bem, essa afirmação saiu daqui. Gaudí é Barcelona. Barcelona é Gaudí.

Como pôde alguém projetar coisas tão futuristas em meados do século XIX? Esses alquimistas tinham contato com outras galáxias, outros tempos.

Desde o prédio comercial, passando pela inacabada Catedral (Sagrada Família), a marca do arquiteto/engenheiro/projetista/artista impressiona.

De Barcelona também saiu a percepção de que uma edição dos Jogos Olímpicos pode deixar um rico legado para a cidade-sede. Com orgulho, eles mostram a parte da metrópole que foi literalmente transformada para a realização da Olimpíada de 1992; onde se via uma estrada de ferro, entulho e mais nada, hoje está a área mais nobre. A Vila Olímpica tornou-se um dos metro-quadrados mais caros da Espanha.

O Estádio também ficou (o Espanyol joga lá). O Parque Aquático, idem. Sabe a área onde são praticados os esportes a vela? Hoje é uma rica escola de talentos deste esporte. 15 anos depois.

Colorida, Pulsante e Viva foram as palavras que me vieram a cabeça para adjetivar Barcelona. Apaixonado por Madri eu já estava. Ouvi de muitos que preferiria a capital catalã. Prefiro ter dois amores.

E olha que nem fui pras tradicionais baladas...

Beso.

See you Soon

Noite de terça, 22h38, os 10 graus de Barcelona fazem parecer verão

Café da manhã
: Full Tradicional Breakfast. Ovos, Bacon, Lingüiça, Tomate, Feijão e Torradas. Tudo servido com uma caneca de café com leite.
Almoço
: (ontem) Buffet do Pizza Hut. Coma o quanto puder de pizza, massa e saladas por apenas 6 pounds!
Jantar
: (ontem) Uma Pringles de Sal e Vinagre entre algumas (muitas) cervejas.
Na madrugada
: Batata Frita de verdade num indiano. Com Sal e Vinagre, de novo.
O que ouço
: tec tec tec... (Yuri jogando o PSP).

Sinto que vivi um sonho...

... e ele ficou para trás.

Porque lá ele tinha que ficar. Desta vez, as lágrimas que escorreram ao caminhar pelas geladas ruas tinham outro significado. Desta vez, Yuri estava ao meu lado para dar consolo.

Desde que cheguei a Londres, tentei encontrar uma resposta para explicar o tanto que amo essa cidade. Por que sempre que penso na capital inglesa, sinto que algo ainda está reservado pra mim? Sensação de tarefa incompleta, pra ser mais exato.

Eu volto.

****

O Zé.

Quem diria? Encontrei José lá. Promessa feita há quatro meses, cumprida no pub. O esporte fica em terceiro plano. Experiências vividas no Velho Continente, Guinga, Joe Pass e muita Bossa Nova permeiam a roda de novos amigos.

Um brinde a todos no Brasil! E viva o prêmio APCA para a equipe Eldorado/ESPN!

****

A Gi.

Agora tem um nose piercing. Encontro a mesma senhorinha inglesa que me atendeu há cinco anos em Candem Town. Ela continua tranqüila e transmite essa sensação para quem vai lá. Em meio ao zoo humano que é essa região, o furo dói no início. Lateja um pouco na primeira semana. Mas vai passar.

Valeu pela agradabilíssima companhia! Mesmo.

Down no High Society

Café da manhã: De novo, Leite com cereal de nozes com mel.
Almoço: Noodles, em Candem Town (foto)
Jantar: Um tipo de miojo local, sabor Frango com Cogumelo (!)
Na madrugada: nada.
O que ouço: A TV, com um documentário excitante sobre crocodilos. Acabou e agora vem um perfil de Steven Seagal.

"Luz do Sol,

Que a folha traga e traduz...
Em ver de novo..."

O cedo anoitecer me trás um certo baixo astral. Sei que isso tem lá suas razões (que não cabem aqui serem ditas). Sei também que prefiro a noite, do que os dias claros.
O problema é a sensação de que o dia acabou.
Me vem a cabeça agora o quanto eu odiava o início das noites de domingo. Era ouvir a voz do Faustão, ou a vinheta do Fantástico, e logo me lembrava que a segunda-feira estava chegando.

Hoje, por aqui, me sinto assim. O frio ajuda, ou melhor, atrapalha.

Me lembro da época em que morei em Londres. Ouvi de alguém um dado curioso: nos invernos ingleses, a taxa de suicídio aumenta violentamente. Os desesperados em questão são aqueles que não conseguem ver a luz do sol, por culpa do horário de trabalho. Basta o simples trabalhador de escritório deixar sua casa sempre às 7hs da manhã e retornar às 5 da tarde. Ele só verá escuro. Pira.

Hoje, obviamente não cheguei a tal ponto. Mas entendi um pouquinho o que se passa quando se vive sem o sol.

"Ser feliz é tudo que na vida a genta almeja
quem dera que a vida fosse
sempre assim
eterno amanhecer sem nunca anoitecer..."

Ainda Melhor

Madrugada de domingo, 01h34 dentro de casa bem protegido pelo aquecedor. Lá fora....

Café da manhã: Leite com cereal de nozes com mel.
Almoço: Paella Valenciana no Portobelo Market, em Notting Hill.
Jantar: Meu Strogonoff, degustado na casa da Larissa.
Na madrugada: nada.
O que ouço: um diálogo empolgado/agitado em francês.


London, in three parts:

Devo ter repetido nesta semana umas quatro vezes a mesma frase: "Como me sinto bem aqui dentro". Estamos falando dos Pubs. Pergunta da nossa amiga Jaque: - Vocês são da cachaça ou da balada? Adivinhem a MINHA resposta?


Não há nada melhor do que finalizar um dia aqui. Ou, começar uma noite. Depende do seu ponto de vista, das suas intenções e, principalmente, de quantos pounds dispõe.
E agora, amigos, acreditem: é completamente PROIBIDO fumar dentro de qualquer estabelecimento de Londres. A lei foi implementada no meio deste ano com o intuito de reduzir ainda mais o consumo do caro tabaco na terra da Rainha. Está dando certo, pois imaginem como seria dar uma saidinha pra fumar lá fora, quando a temperatura externa é congelante?
Sem cigarros dentro dos pubs, aquele cheiro de fumaça insuportável que você carregava nas roupas ao sair deles, não existe mais. Ponto para os ingleses (de novo!).

*****
Gingle Bell...
Não queiram ir a Oxford Street, a principal avenida de Londres, nessa época. As compras de Natal deixam toda a região entupida de gente. Ia dizer insuportável, mas não consigo usar essa palavra pra nada londrino.


Até o infalível plano de transporte local tem sofrido com isso. Atrasos e congestionamentos tem feito parte da nossa rotina. Como consolo, vale o passeio pela bela decoração natalina.

*****
Um pouco de história...
Museu, aqui, é de graça.
Imperial War é programa obrigatório.


Além de um bom arsenal das guerras do passado, o local te propõe uma reflexão: o que os conflitos trouxeram para o mundo? Destaque para a fiel reprodução de uma trincheira (fiz um vídeo especialmente pro meu amigo Ton) e a parte dedicada ao Holocausto. Choca.

AVISO

ESTOU PROVIDENCIANDO NOVOS POSTS POR AQUI..

POR ENQUANTO, SEM TECLADOS COM ACENTOS, ME RECUSO A ATUALIZAR!

EM BREVE, VOLTO. BEM BREVE MESMO!

CHEERS!

Sunflowers

Madrugada de quinta, 0h14 (no Big Ben) e aquele puta frrrrio.

Café da manhã: Um café latte e uma baguete com bacon.

Almoço: nada.

Jantar: Um Kebab de Lamb, com um molho pra lá de picante.

Na madrugada: (anterior) Doritos e Pringles ajudam a descer a pint.

O que ouço: nada nada nada!


O dia em que dormimos rodeados por Van Gogh, Da Vinci, Boticelli

, entre outros.

Foi um daqueles pouco proveitosos. Talvez por isso estou defronte ao laptop sem grandes inspirações pra escrever.

Se ontem me assustei com o frio de Liverpool, como posso adjetivar aquilo que encontramos aqui em Londres? Ao desembarcar na Victoria Station, o telão reproduzia o primeiro telejornal do dia. No canto da tela, -4 degrees.

A viagem Liverpool-Londres by coach foi bem desgastante. Mais de seis horas no busão, que parava a todo momento em que meu sono parecia engrenar.

Prometi ao Yuri antes de virmos que mostraria as coisas legais da capital inglesa, além de mostrar um pouco do que foi minha rotina quando aqui vivi. Pois bem, lição número 1: admirar os quadros da National Gallery. Pra isso, você deve se sentar em confortáveis sofás. Eis a equação:

GALERIA DE ARTE + SILÊNCIO + SOFÁ CONFORTÁVEL = DORMIR.

 O aluno aprendeu bem. Quase roncou.

Dragone´s Pub

Noite de terça, 18h39 (está escuro desde às 16hs), clima polar.

Café da manhã: O mesmo do post anterior.
Almoço: Eu fui de Roast Beef, com cebola e batatas fritas, e ervilha. Yuri vai do tradicional Brunch Inglês (Bacon, Lingüiça, Feijão adocicado e batatas fritas).
Jantar
: Acabo de tomar um chocolate quente, vou ficar com um leve sanduíche.
Na madrugada
: Just Pints.
O que ouço
: não consigo reconhecer, me parece REM no som ambiente.

Muito prazer, eu sou o frio.

08h35, ponho o pé fora do pequenino e econômico avião da RyanAir. A fumaça, que antes só saia da boca, agora também sai pelo nariz.

“Ta gelado demais, véio”, exclama o Yuri. Esse foi meu reencontro com o Reino Unido.

O curioso é que me atentei ao seguinte fato: por aqui, é difícil achar um termômetro. Tomando como base o que vivenciamos em Madri, calculo que a temperatura estava na casa do ZERO. Agora a noite, quando redigo esse texto, está pior.

Londres só amanhã. A escala em Liverpool se dá pelo Beatle-Maníaco do meu primo. Conseguimos ver poucas coisas, como o Museu e o The Cavern. Acho que ele gostou.


Agora, dorme ao meu lado aqui no café da estação Central. Nosso ônibus só sai às 23h30 e, pra passar o tempo, descolamos uma partida da Champions. Vamos ao Pub, como bons ingleses, assistir Marselle x Liverpool. Vou ser obrigado a seguir a tradição de tomar alguns goles. Ajuda pra dormir na viagem, que durará toda madrugada.

Falando em Pub, o bom do dia foi o almoço. Por oito pounds degustamos dois belos pratos, conforme descrito acima, e retratado na foto.

A conversa também foi boa, e pode render frutos empresarias num futuro... quem sabe?

Cheers!

Adiós

Café da manhã: Capuccino aguado e meio sanduíche de bacon com cheddar.
Almoço: (ontem) Mc Donald´s, mas não lembro o nome do lanche.
Jantar: (ontem) Um risotto inventado, com cogumelos frescos e trocitos de pollo.
Na madrugada: uma coca-light.
O que ouço: O serviço de auto-falantes do aeroporto de Liverpool.

Em dois toques...

Lágrimas. Elas vêm assim que fecho a porta do prédio. Até então, firme e forte aguentei. Segurei o choro mesmo, sendo econômico nas palavras ao me despedir. Mas, chorar, foi inevitável.

E por que? Claro que não estava triste de partir rumo a Inglaterra. Sei que reencontrarei Guga, Mari e Gi em breve. O rosto molhado em meio ao frio de 5 graus da madrugada madrileña é o retrato de como esse início de viagem foi ótimo.

Tudo, tudo mesmo: me surpreendi com a cidade, me diverti como não fazia há tempos, falei um espanhol que não imaginava ser capaz, enfim, vivi em cinco dias uma fábula. Uma fábula espanhola. Gracias amigos.

*****

O último dia de Espanha foi uma viagem no tempo. Em Toledo, nos sentíamos como na Era Medieval. Castelos, antigas capelas e pontes “vigiadas” por colunas de soldados.

Apesar do atraso de alguns (!), a ‘excursão’ valeu pelo grupo. Éramos em cinco: Yuri, Giovana, Flavinho e Eduardo, ou, Joseph Climber.

Sabe aqueles caras azarados? “Se chover Xuxa, cai Pelé em seu colo”. Frase antiga, mas que retrata bem nosso novo amigo.

Em tempo – no maior paradoxo de nossa viagem, caminhamos pelas ruas antigas de Toledo e fomos buscar nossa ‘caça’ em pleno Mc Donald´s!!! Coisa de mochileiro, vale tudo na hora de economizar algumas moedas.

Domingo Deportivo

Madrugada de segunda, 0h34, frio (5 graus)

Café da manhã: o mesmo do post anterior.
Almoço: Enfim, a tradicional Paella (foto), uma Empanada de Espinafre e uma porção de Lula Frita.
Jantar
: Uma agradabilíssima Sopa de Legumes. Mais uma das peripércias da Mariana.
Na madrugada
: Um chocolate quente.
O que ouço
: Yuri, praticando seu xaveco.

Futebol é comigo mesmo.
E domingo com futebol, mais ainda.
Em duas tacadas, conheci os dois lados da rivalidade madrileña.

Primeiro, uma empolgante/arrepiante visita ao Santiago Bernabéu, um dos maiores palcos do futebol mundial. A casa do Real Madrid me emocionou. Antes de me deparar com o majestoso gramado, conheci ele por dentro, em um dos maiores museus deste esporte.

Quando entrei no campo, uma sensação inédita. Tive vontade de chorar. Fiz uma promessa em voz baixa, e depois gritei aos amigos: - Voltarei aqui, trabalhando.

Não queria sair de lá. O Bernabéu é minha Disneilândia.

Saio e me deparo com o inesperado. Incentivado (quase forçado) por Flávio Perez e sua empolgação de primeira viagem, vamos ao Vicente Calderón, casa do Atlético de Madrid.

Só pra se ter uma idéia, imaginem um turista em São Paulo que pede para conhecer no mesmo dia o Palestra Itália e o campo do Corinthians. Ih! Ato falho. Acabo de me lembrar que o Corinthians não tem estádio!!! (perco o amigo, não a piada!)

Voltando a Espanha. No Vicente Calderón vivenciamos os momentos que antecedem a uma partida. Jogariam ali Atlético de Madrid x Getafe, um mini-clássico local. Resolvemos arriscar e, 30 euros depois, lá estávamos tomando um baita frio numa posição privilegiada. O jogo é chocho no primeiro tempo, chego até a dar umas piscadas (vocês se lembram? Não dormi na noite anterior). Na parte final, emoção!

Quatro expulsões, ataque dos dois lados e jogador de linha sendo improvisado no gol (Pato Abondanzieri foi um dos premiados com o vermelho).

Fim de jogo, 1x0 para o Atlético. Gol de Forlán.

Fim do dia, 1000 x 0 pra nós. Outro daqueles dias inesquecíveis se acabou.

Paternidade

Café da manhã: em duas atapas! Café com leite, torradas e um misto quente com doces locais.
Almoço: (ontem) Double Bacon Cheese Burger no Burger King.
Jantar: (ontem) Arroz, purê de batatas (pedido do Guga) e Filet na Mostarda, feitos pela Mari.
Na madrugada: nada.
O que ouço: Mari explicando pro Guga que passou mal por causa de uma laranja!

Acordo no meio da noite.
Em contas nem tão precisas, imagino que dormi apenas umas 3 horas. O motivo do meu despertar são os insistentes pensamentos ruins. Estou preocupado.

Enquanto o tempo vai passando, acompanho todo o louco vai-e-vem do meu quarto. Albergue é assim. A francesa não pára de tossir. A norueguesa, de novo, chega bêbada e ri muito com sua amiga.

Mas eu não consigo rir desta vez. Onde anda esse muleque? Independente, Yuri opta por conhecer outra balada, enquanto eu fico "só" com mais um belo jantar entre amigos.

As horas correm. Já são quase 5 da manha. E nada dele. Os brasileiros que lhe acompanhavam estão de volta e, ao perceberem meu grau de preocupacão, me tranquilizam. Chego a respirar fundo e decidir que tenho que dormir.

Não dá.

6h45. Ele chega. Pergunto se está tudo bem. Ele confirma, nada de mais se passou.

Posso dormir. Ou melhor, não posso. Meu despertador já vai tocar.

Pela primeira vez na minha vida, entendi o que se passa na cabeca de um pai e de uma mãe. E quanto machuca o tranquilo desprezo do filho.

Sem Fronteiras

Tarde de sábado, 17h21, friiiiiiiiio!
Café da manhã: nada.
Almoço: (ontem) Salmão com Alcaparras e Mostarda e Salmão com Pesto de Aspargos (fotos).
Jantar: (ontem) Tapas diferentes.
Na madrugada: Lo mismo.
O que ouço: O rescaldo dos amigos, lembrando tudo que se passou e um cachorro na rua.

Andei pensando. O que vale mais na vida?
Pra mim, ter amigos e ter a oportunidade de conhecer pessoas novas.
Ah, se arriscar em outros idiomas também é muito legal.
Madri, 7 graus. Priceless, Agus!

Madri, Espanha

Viernes, mañana, 11h34, frio de 12 graus.

Café da manhã: nada.
Almoço: (ontem) Strogonoff da Mari e Salada do Guga.
Jantar: (ontem) Salmão marinado com grãos de bico, envolto em uma folha! (foto).
Na madrugada: Pasta com Chorizo.
O que ouço: Marcelo D2 Acústico.


Apaixonado por Madri. Em apenas dois dias, já sinto falta daqui. Foram dois dias intensos. Matei saudades do amigo. O mesmo, é nosso guia. O primo é meu irmão mais novo e um ótimo companheiro de viagem. Se já me orgulhava dele, o que direi agora? Ele se vira tão bem. Anda com as próprias pernas, se comunica num surpreendente bom inglês.
Serão dias maravilhosos. Tem muito pela frente.

Vacanza

Tarde de segunda, 17h30, nem frio, nem calor.

Café da manhã: um Café.
Almoço: Arroz, Feijão e um combinado de Carne e Legumes.
Jantar: (ontem) Yakissoba e Frango Empanado, China In Box.
Na madrugada: nada.
O que ouço: Minha lista de músicas. Tem de tudo!

São rápidas palavras. Acabou 2007. Profissionalmente, ao menos.
O que vem, promete.
Vou fazer dar uma de Pitonisa, e como só volto em janeiro, depois dou risada daquilo que escrevi. Ah! São temas esportivos.
Atentem a data em que redijo essas pobres palavras.

O Corinthians caiu. O Corinthians não terá Nelsinho em 2008. Aposto em Mano Menezes.
Vampeta, Betão e Gustavo Nery puxam a fila daqueles que 'abandonam' o barco.

O Palmeiras não foi. O Palmeiras não terá Caio Júnior em 2008. Aposto em Dorival Júnior.
Ainda sobre o Verdão, o time não terá mais Edmundo, que volta pro Vasco da Gama.

O Santos está lá. O Santos não terá Luxemburgo em 2008. Aposto em Émerson Leão. Ou Autuori.
Algo me diz que pela Baixada Fábio Costa perde espaço pro garoto Felipe.

O São Paulo... bom, esse continua bem na frente de seus rivais. Como dói meu cotovelo!

Falamos depois.

Nesse período, tentarei contar algumas histórias de um mochileiro perdido no Mundo com seu primo.
Arrivederci!

Carne de Segunda

Madrugada de quinta, 02h51, com tantas estrelas, deve fazer sol amanhã!

Café da manhã: nada.
Almoço: Arroz, Feijão, Bife e Batata Frita.
Jantar: Um Hot Dog no Pacaembu.
Na madrugada: Um Lanche Natural de frango.
O que ouço: o silêncio da madrugada praiana.

Fiéis, no conceito único da palavra. 37 mil vozes acompanham o Corinthians, criam um clima de comoção, e o time não ajuda. Personagens principais da noite de quarta-feira, os torcedores corintianos voltaram pra casa mais uma vez decepcionados.
Quase sempre feliz, o volante Vampeta abandonou o sorriso ao se transportar do campo para as arquibancadas.

"Sabemos que os torcedores saíram daqui muito tristes, assim como nós. Essa era nossa grande chance de sair desta situação definitivamente e de dar um pouco mais de alegria para nossa torcida".


Ficou para a última rodada. O Corinthians depende de si. A torcida, se pudesse, faria os gols tão escassos. Lhe resta ir a Porto Alegre. Afinal, acreditar é a principal característica de um fiel.

Conrado Giulietti, Eldorado/ESPN.
* Texto do boletim pós Corinthians 0x1 Vasco. Matéria veiculada no Jornal Eldorado primeira edição.

Estranhos Dias

Madrugada de segunda, 03h15, clima abafado em Sampa.

Café da manhã: nada.
Almoço: Strogonoff congelado da Sadia (eca).
Jantar: Em etapas. Um número 4, um risoto no avião e um Temaki.
Na madrugada: nada. Também, pudera...
O que ouço: Os caminhões ali na Bandeirantes.

O dia em que senti mais do que devia.

O dia em que torci, quando não devia.

O dia em que quebrei uma placa que não podia.

O dia em que discuti com quem não podia.

O dia em que me cansei, quando deveria.

O dia em que lembrei de dias que não conhecia.

No Mato

Madrugada (quase manhã) de domingo, 05h18, friozinho que anuncia o início de um novo dia.

Café da manhã: Café com leite e pão com geléia.
Almoço: Comida caseira. Arroz, Feijão e um Bolo de Carne.
Jantar: Um número 3 no carro
Na madrugada: Um café e aquelas Maxi coisas da Bauducco (de chocolate), que dizem ter poucas calorias.
O que ouço: A Nova Brasil FM.

Lá se vai a desenvoltura. Ele se vê intimidado. As palavras fogem, como se ele fosse um introspectivo de marca maior. A garrafa de long neck é a muleta. Entre um gole e outro, ele tenta mostrar-se confiante. Pura mentira. Se pudesse, se esconderia dentro dela.

Da garrafa.

Conversas amenas. Nada parece atrair a atenção. Outro dia alguém disse pra ele que ele era uma pessoa de valor. Ele agradeceu, mas não absorveu. Resolve falar de si. É tímido, não se reconhece, não tem approach. Vem a resposta: é assim mesmo. Tente outra vez. A culpa é da fase da lua. Lua? Fase?

Vermelho por fora. Vermelho por dentro. Quanta vergonha desse cara. Sai daí.
Seria mais fácil digitar os pensamentos. E não é o que está sendo feito?

Ah, se elas te conhecessem...

Lugar Comum

Noite de sábado, 22h04, calor abafado no Rio de Janeiro.

Café da manhã: Uma pepsi light (de máquina) e um pão de batata.
Almoço: Um rápido lanche a caminho do Maraca, com suco de laranja.
Jantar: Rodízio na Churrascaria Cruzeiro do Sul, em Botafogo.
Na madrugada: nada, eu acho.
O que ouço: O ar condicionado 'moderno' deste hotel.


Hoje entrei numas de entender o nosso amor.

Amor que se foi.

Amor inesperado.


Amor de colega.

Amor de amigo.

Amor de namorado.

Amor de quem hoje guarda carinho.


Enfim, amor.

Ouso entrar no seleto grupo daqueles que jamais entenderão o que ele é.

Rei Posto...

Manhã de terça, 10h28, temperatura indefinida.

Café da manhã: Café com leite.
Almoço: (ontem) Comida de casa. Arroz, Feijão, e muitos legumes!
Jantar: (ontem) Frango a Passarinho do Passarela, em Santos.
Na madrugada: Jantei nessa hora.
O que ouço: O barulho da panela de pressão, vindo lá da cozinha.

"Brasília é uma ilha, Eu falo porque sei. Uma cidade que fabrica sua própria lei. Onde se vive mais ou menos como na Disneilândia..."

Macaco Simão não se cansa de repetir. Brasil, o país da piada pronta.
O artigo de Clóvis Rossi nesta terça-feira, dia 6 de novembro de 2007, é tão perfeito, retrata tão bem a relação do poder (quem está nele x quem está fora), que fica difícil escrever algo.
Mas não pode passar em branco.

Se você ainda não sabe, a discussão é essa: em meio às negociatas (sujas/necessárias) para a prorrogação da CPMF, eis que na calada da noite aqueles que mancharam a história do PT tiraram dos arquivos uma proposta para reeleição infinita. É isso mesmo, infinita.

Eis o trecho da matéria da FOLHA, de 1/11/07. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mandou desarquivar em abril deste ano uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que permite a reeleição sem limites para cargos majoritários --o que abriria caminho para a aprovação de um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pedido, feito em fevereiro, partiu do deputado petista Fernando Ferro (PE). Ele solicitou o desarquivamento de propostas sobre a reeleição.

De autoria do ex-deputado Inaldo Leitão (PR-PB), a proposição permite ao presidente da República, prefeitos e governadores concorrerem a infinitas reeleições, desde que se licenciem do cargo seis meses antes da disputa.

Agora, a melhor parte: a justificativa do senhor deputado.



"Fui oposição muito tempo.
Agora sou governo, e gosto muito. Não pretendo mais deixar de ser. Desejo longa vida à oposição... na oposição".


A definição de Clóvis Rossi: "houve um tempo em que, pelo menos, havia um certo pudor -ou fingia-se um certo pudor". Leia o artigo completo aqui (acho que só assinantes UOL/FOLHA podem).

O presidente fala, por sua vez, em "sarna pra se coçar". Rechaça absurda possibilidade. Não sei mais em quem acreditar. E acho que sou (ou era) ainda um dos poucos que não se arrependeu do voto.

Hora de rever conceitos.

Dor de Nada

Madrugada de sexta, 02h18, calor pós chuvas

Café da manhã: nada.
Almoço: Arroz, Feijão, Strogonoff e salada de almeirão.
Jantar: Chesseburger, batata frita e a maionese temperada do New Dog.
Na madrugada: nada.
O que ouço: Sportscenter, sempre leve, com o Amigão e o Antero.

Uma dor que nem sei ao certo do que é.

É física, ou vem da alma?

Parece uma pontada no coração. Coração recheado de vazio.

Dor na perna. O chute foi forte. Não caí. Ainda bem.

A dor na perna é menor do que a dor moral. Somos selvagens.

Quem devia dar o exemplo, chuta.

Quanta prolixidade. Nem sei se essa palavra existe.

Escovinha

Manhã de terça, 06h17, temperatura de dentro do avião.

Café da manhã: Só um café com leite. Não consigo comer o lanchinho do avião.
Almoço: (ontem) Uma Parrillada argentina na Colômbia.
Jantar: Uma massa, provavelmente tortellini, quase sem molho algum.
Na madrugada: O jantar foi servido nessa hora durante o vôo.
O que ouço: Djavan no fone de ouvido. As turbinas do avião no ambiente.

Nem ele sabe ao certo o porquê disso. Em meio ao caos habitual de seu trabalho, só há uma válvula de escape. Ele se separa do grupo de colegas. Abre a bolsa, e lá está em sua mão o instrumento terapêutico. Não, ele não fuma.

Em rápidos movimentos, todo o stress é descarregado na escova de dentes. Há uma forma correta de utilização. Cerdas voltadas para baixo, permitindo que elas toquem a palma da mão, cabo virado pra cima.

Ele chacoalha a escova. O semelhante ali próximo traga um cigarro.

Certa vez, novamente em meio a um turbilhão de tarefas, o agito da escova se fazia tão rápido que ela se quebrou. Desespero. Reação idêntica a um bebê que acabara de ver sua chupeta se perder no bueiro.

Ao invés de chorar, ele entra em parafusos. Vai quebrar o quarto do hotel.

Como uma dádiva divina, eis que o amigo ao lado lhe cede a sua escova de dentes. Pronto. O dormitório está intacto. O amigo, aliviado, ficará com mau hálito. E não terá que bancar com o quase estrago.

Temível Altura

Noite de domingo, 20h06 (horário de Bogotá), um leve frio colombiano de 16 graus

Café da manhã
: Huevos revueltos.
Almoço
: Un perro caliente más algunas cositas.
Jantar: (ontem) No Friday´s, um baita filé com manteiga de cogumelos.
Na madrugada
: Nada.
O que ouço
: Cabos e mais cabos sendo recolhidos no estádio "El Campin"

Nem Kaká, nem Ronaldinho Gaúcho, muito menos Robinho. O personagem do empate por 0x0 entre Brasil e Colômbia neste domingo foi a tal da altitude. Aqui em Bogotá são 2.630 metros acima do nível do mar e é sabido que o ar rarefeito altera a forma de jogo, a velocidade da bola e, em alguns casos, o organismo de um jogador de futebol.

Apática, a seleção encontrou nesse fator a principal justificativa para a pouca produtividade.



"Não gosto de dar desculpas, mas sem dúvida a altitude atrapalhou muito nosso desempenho"
. Kaká


Referendando a opinião de Kaka, o auxiliar técnico da seleção, Jorginho lembrou que os jogadores brasileiros costumam se abalar quando sabem que vão jogar nas alturas.


"Eu, quando era jogador, nunca senti. Mas sei que alguns sentem. É preciso levar em conta o desgaste da viagem, o campo pesado".



Tanto Jorginho, como Kaká, acreditam em um melhor desempenho do Brasil, nesta quarta-feira, na partida contra o Equador no Maracanã. Sem problemas médicos no elenco, o técnico Dunga, a princípio, deve repetir a escalação do time.

Conrado Giulietti, Bogotá/Colômbia, Eldorado/ESPN.
* Texto do boletim pós Colômbia 0x0 Brasil. Matéria veiculada no Jornal Eldorado primeira edição.

Ele e o Mar

Noite de sexta, 22h21 (horário de Bogotá), um frio colombiano de 13 graus

Café da manhã
: Suco de laranja com mamão e um sanduíche de queijo Minas quente.
Almoço
: Um lanchinho bem minguado no avião.
Jantar: Ainda no avião, frango a milanesa com purê de batata e legumes.
Na madrugada
: Sem fome.
O que ouço
: Los Hermanos de 'A a Z'!!

Vem a onda.
Ele se benze. Não é religioso, mas sempre reverencia Iemanjá, a Rainha do Mar.
A água gelada logo espalha a baixa temperatura por seu corpo.
Ele mergulha. Está só e dialoga com si próprio. Lembra quantas vezes se encontrou com o oceano. E como isso o faz se sentir bem.
Ali, não existe mais ninguém. Os banhistas ao lado são meros figurantes.

Um novo mergulho. Por um instante não há mais mágoas e frustrações. O mundo está parado e o som das águas salgadas o hipnotiza.
O nado contra a maré é a metáfora do cotidiano da vida. Nem sempre as águas são calmas, ou remam a favor dele. O exercício libera adrenalina. Uma cambalhota e uma sensação de arrepio.

As ondas que vêm são as mesmas que vão. Assim como vão os problemas.
Ele está recarregado, limpo, com o espírito pronto pra outra semana.
O mar, de fidelidade única, lá está. O espera para um novo encontro.