Eu e Ela

Madrugada de quinta, 25 de julho, 01h57, frio.

Café da manhã
: pulei!
Almoço
: Arroz e feijão. Só.
Jantar
: Pizzas maravilhosas da 1900.

Na madrugada
: Um chocolate quente.

O que ouço: A Ivete, como sempre simpática, no Jô.



Estávamos perto e ao mesmo distante.

Não é fácil. Uma relação tão longa assim sempre se desgasta.

Ela lá. Eu aqui. Quase não nos olhamos.


No começo não era assim.

Queria te ver sempre. Te via, com paixão.

Com o tempo, quando me tornei adulto, comecei até a te ignorar.

Meus amigos me dizem que devo te esquecer. Não consigo, você faz parte do meu cotidiano.

Essa noite foi diferente. Eu te reencontrei.

Ficamos meio tímidos no início.

Mas a coisa foi esquentando.


Me entreguei.

Estou feliz como nos tempos da adolescência.


Viramos o jogo!!

Que saudade da arquibancada!

Primeira vez...

Noite de sexta, 20 de julho, 21h54, frio.

Café da manhã
: pulei!
Almoço
: Arroz, feijão e um maravilhoso filet de Saint Peter.
Jantar
:
Vai ser.
Na madrugada
: Vou preferir dormir (espero).

O que ouço: Hoje, opto pelo silêncio.


Orelhudo.
O aparelho aparece demais.
Olhar de peixe morto.
Ah! E não consigo não mexer a boca no final...

Como é difícil a transição.

O improviso serve.
O texto também.

Falta muita coisa.
Um dia ainda chego lá.

Afinal, informação é o nosso esporte.

Tão perto



Esse blog está de luto em respeito a cada uma das 187 vítimas do maior acidente aéreo do País.

De volta para o Futuro

Tarde de segunda, 16 de julho, 12h14, continua muito frio.

Café da manhã
: chocolate quente e um pão de queijo.
Almoço
: (ontem) Quilo. Pego sempre muitas coisas, que não lembro.
Jantar
:
(ontem) Arroz e Strogonoff da mãe do Pedro.
Na madrugada
:
(ontem) Um miojo dividido com amor.
O que ouço: A TV, com a repercussão do triunfo de Dunga sobre a Argentina.



Há cinco anos....


Meus caros amigos e familiares

Estou escrevendo este que deve ser o ultimo e-mail coletivo aqui de Londres.
Depois de quase 6 meses de muita batalha lavando pratos, fazendo doces, aprendendo a cozinhar, estudando inglês, está chegando o momento tão esperado por mim de retornar.
Não sei se todos estão a par, mas já não trabalho desde o inicio deste mês, quando comecei minhas sonhadas ferias. Já visitei Paris, Escócia e semana q vem parto rumo a Itália, onde fico por mais doze dias.
A passagem de volta esta marcada pro dia 1 de dezembro!!

Na Itália provavelmente não terei acesso fácil a internet como aqui em Londres (computador em casa), por isso, me escrevam (aqueles que desejarem) até quarta, ok?
Em resumo, posso dizer que vivi aqui a experiência mais fascinante de minha vida, principalmente no sentido pessoal, onde tive que aprender a viver e 'tocar o barco' longe daqueles q amo.
Na bagagem, trago um pouco mais de maturidade (acho), um pouco de inglês (o suficiente q buscava) e uma vontade enorme de começar de verdade a vida profissional. Sei das dificuldades enfrentadas por muitos amigos, e tenho consciência das barreiras e portas na cara que terei de encarar.
O que será a partir de agora? Juro que não sei responder. Quero primeiro vivenciar cada segundo após minha chegada no Brasil. Ver tudo e TODOS.
Mais uma vez queria agradecer por todo apoio recebido de longe, as palavras de carinho, que com certeza me fortaleceram naqueles momentos mais difíceis, onde queria jogar tudo pro alto...mas, no fim, eu consegui. Obrigado mesmo!
Espero reencontrá-los em breve. As saudades só aumentaram.
Do amigo,
Conrado (09/11/2002 17:17)

Só algumas perguntas

Início da madrugada de quinta, 12 de julho, 01h09, faz muito frio.

Café da manhã
: nada.
Almoço
: Comida de casa! Arroz, Feijão, carne de panela e muitos legumes.
Jantar
: Batata recheada com strognoff do Baked Potato.
Na madrugada
: Só um café.
O que ouço: A transmissão de Brasil x Espanha no Mundial sub-20.


Dá pra valorizar o nível técnico do Pan?

Vale a pena comemorar algo?

Um fato: o Brasil é BICAMPEÃO no basquete masculino. Ficamos fora das duas últimas Olimpíadas.

Solitário como um paulistano

Noite de quinta, 05 de julho, 18h45, faz frio só na sombra.

Café da manhã
: Café expresso e algumas bolachas do CT do São Paulo.
Almoço
: Gnocchi com um molho branco meia boca e uma bela polpetta.
Jantar
: Nada por enquanto, afinal o almoço foi tarde.
Na madrugada
: Vou evitar comer.
O que ouço: Amy Winehouse e a deliciosa Rehab.



Cruzo pessoas no elevador. Olhares para baixo. Raramente, um bom dia tímido.

Cruzo pessoas no metrô. Olhares para o horizonte, sem nada focado.

Cruzo pessoas nas avenidas. Olhares amedrontados, janelas fechadas.


Chegou o meu andar. Ainda bem. O silêncio era constrangedor.

A mochila estava aberta. Tento avisar. Provoco susto. Pior, para me ouvir, teve que desligar o seu walkman. Hora da baldeação.

Eles se odeiam. Mudou de faixa sem dar seta. Mas quem por aqui o faz?


Esperança. O interfone toca. Droga. O barulho incomodava. Quem? Ainda não fui apresentado.

Eis a estação. Ei! Prioridade para os que desembarcam primeiro. Não fui ouvido. Lógico, os fones impediam.

Uma buzina. Será um amigo? Ah, ok. A porta estava entreaberta.

São Paulo, capital da solidão.