O Cego e o Poeta

Tarde de quarta, 15h11. São Paulo um solzinho e o medo da chuva vir.

Ao Acordar: nada.
No Almoço: Arroz e uma Feijoada do ano passado (descongelada)
No Jantar: (ontem) Pringles de Sal e Vinagre e bolacha wafer.
Na Virada da Noite:
nada.
Um Som do Dia:
..Te amo...

História que comoveu minha vó.
Tanto que ela não parou de repeti-la durante o feriado da Páscoa.

Um cego em uma das lindíssimas praças de Paris andava com uma placa que dizia:

Me ajudem, aceito qualquer colaboração. Sou cego.

Ninguém dava a mínima para o pobre coitado, até um poeta perceber a cena.
Ele se aproximou do cego e pediu a autorização para escrever uma nova plaqueta.

Foi instantâneo. Logo depois, todo mundo jogava suas moedas para o ceguinho.
Os novos dizeres da placa, feitos pelo poeta, eram esses:

É primavera em Paris. Mas não posso ver as flores.


Bla Bla Blá

Madrugada de quinta, 00h27. São Paulo com um tempo gostoso.

Ao Acordar: Leite com Nescau e sanduíche bem tostado da Dani, com Requeijão e Presunto.
No Almoço: Arroz, Feijão, Legumes na Manteiga, Cordon Bleu e Salada de Alface.
No Jantar: Uma Pizza cheio de alho.
Na Virada da Noite: nada.
Um Som do Dia: a transmissão de San José 2 x 1 Santos.


Dúvidas esportivas que me surgiram nesta semana:

- Por que (quase) todo mundo fala Libertadores DE América? Já me peguei com tal vício.

- E por que quando um time não tem jogos no meio de semana, falamos que a equipe tem SEMANA CHEIA? Não seria vazia?!

Enfim, respondam se puder, e acrescente coisas do tipo, se quiser...

Tio

Tarde de terça, 16h22. São Paulo abafada, nublada e preparando a chuva.

Ao Acordar: Leite com Sucrilhos.
No Almoço: Arroz, Feijão, Filé de Frango, Mandioca Frita e Salada de Alface.
No Jantar: (ontem) Churrasco na casa do Fofão.
Na Virada da Noite:
nada.
Um Som do Dia:
Jota Quest.

Tão pequenininha.
Miudinha. Eu a vi abrindo os olhos e descobrindo o mundo que a esperava.
Parecíamos bobos. Éramos todos bobos. E
mbaçávamos o vidro com nossa respiração. Era um entra e sai de ar acelerado, um acúmulo do que vivemos na madrugada anterior. Mas íamos nos acalmando, quase sincronizando-nos com o ritmo daquela coisinha linda ali na nossa frente.

De repente parte da minha vida passou na minha cabeça. Lembrei da minha rua, do futebol dois contra dois em um golzinho improvisado com chinelos ou pedras. Depois veio a lembrança dos primeiros sambas de roda na calçada em frente de casa.
A turma ia crescendo, nós também. Caras novas iam chegando, algumas iam saindo e o tempo passava.
Vem São Paulo e o destino, aliado às necessidades, mantém vivo o amor entre a gente. Todos se ajudam, todos torcem pelo sucesso do companheiro. Todos, unidos, brindam em uma madrugada de segunda o anúncio de que ela viria daqui a nove meses.

E ela chegou. Volto ao berçário do Hospital São Lucas. A mãozinha tão pequena, os pezinhos se movimentando. Ela vai se conhecendo, e nós (ainda bobos) seguimos embaçando o vidro. Quero chorar, mas controlo a força que sobe na minha garganta. Abraço o mais novo pai.

No dia 10 de março de 2008, as 8h15 veio ao mundo em perfeitas condições a Maria Luiza. Filha do casal Patricia e Daniel.
Ganhei uma sobrinha.
Começou nascendo no nosso dia.

Viajando


Manhã de quinta-feira. Campo Grande, 10h45, calor de 30 graus e um lindo céu azul.


Ao Acordar: Café de hotel , com direito a omelete personalizado!
No Almoço: nada.
Jantar: (ontem) Um x-Gugu, lanche homônimo do único lugar aberto de madrugada em Campo Grande.
Na Virada da Noite: foi a hora do jantar.
Um Som do Dia: Sandy e Júnior Acústico MTV. (sim, é um bom CD!)


Estava tentando contabilizar quantos quilômetros rodei no pequeno mês de fevereiro.
Culpa do Palmeiras. Estou seguindo o time, não pelo coração, mas sim pela obrigação.

Calculem: Marília, Bauru, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto (de novo), Rio Claro e agora Campo Grande (MS). Dramas à parte, apenas dois desses trechos foram feitos de avião. O resto foi na boléia!

Viajar me faz gastar menos, pelo menos. Ou, deveria ser assim.

Toda vez que entro em um novo hotel, me lembro de uma música (que não emplacou) dos Paralamas que dizia algo como "quarto de hotéis são iguais, dias são iguais..."

Acho que era assim.

(não falei nada).