Carne de Segunda

Madrugada de quinta, 02h51, com tantas estrelas, deve fazer sol amanhã!

Café da manhã: nada.
Almoço: Arroz, Feijão, Bife e Batata Frita.
Jantar: Um Hot Dog no Pacaembu.
Na madrugada: Um Lanche Natural de frango.
O que ouço: o silêncio da madrugada praiana.

Fiéis, no conceito único da palavra. 37 mil vozes acompanham o Corinthians, criam um clima de comoção, e o time não ajuda. Personagens principais da noite de quarta-feira, os torcedores corintianos voltaram pra casa mais uma vez decepcionados.
Quase sempre feliz, o volante Vampeta abandonou o sorriso ao se transportar do campo para as arquibancadas.

"Sabemos que os torcedores saíram daqui muito tristes, assim como nós. Essa era nossa grande chance de sair desta situação definitivamente e de dar um pouco mais de alegria para nossa torcida".


Ficou para a última rodada. O Corinthians depende de si. A torcida, se pudesse, faria os gols tão escassos. Lhe resta ir a Porto Alegre. Afinal, acreditar é a principal característica de um fiel.

Conrado Giulietti, Eldorado/ESPN.
* Texto do boletim pós Corinthians 0x1 Vasco. Matéria veiculada no Jornal Eldorado primeira edição.

Estranhos Dias

Madrugada de segunda, 03h15, clima abafado em Sampa.

Café da manhã: nada.
Almoço: Strogonoff congelado da Sadia (eca).
Jantar: Em etapas. Um número 4, um risoto no avião e um Temaki.
Na madrugada: nada. Também, pudera...
O que ouço: Os caminhões ali na Bandeirantes.

O dia em que senti mais do que devia.

O dia em que torci, quando não devia.

O dia em que quebrei uma placa que não podia.

O dia em que discuti com quem não podia.

O dia em que me cansei, quando deveria.

O dia em que lembrei de dias que não conhecia.

No Mato

Madrugada (quase manhã) de domingo, 05h18, friozinho que anuncia o início de um novo dia.

Café da manhã: Café com leite e pão com geléia.
Almoço: Comida caseira. Arroz, Feijão e um Bolo de Carne.
Jantar: Um número 3 no carro
Na madrugada: Um café e aquelas Maxi coisas da Bauducco (de chocolate), que dizem ter poucas calorias.
O que ouço: A Nova Brasil FM.

Lá se vai a desenvoltura. Ele se vê intimidado. As palavras fogem, como se ele fosse um introspectivo de marca maior. A garrafa de long neck é a muleta. Entre um gole e outro, ele tenta mostrar-se confiante. Pura mentira. Se pudesse, se esconderia dentro dela.

Da garrafa.

Conversas amenas. Nada parece atrair a atenção. Outro dia alguém disse pra ele que ele era uma pessoa de valor. Ele agradeceu, mas não absorveu. Resolve falar de si. É tímido, não se reconhece, não tem approach. Vem a resposta: é assim mesmo. Tente outra vez. A culpa é da fase da lua. Lua? Fase?

Vermelho por fora. Vermelho por dentro. Quanta vergonha desse cara. Sai daí.
Seria mais fácil digitar os pensamentos. E não é o que está sendo feito?

Ah, se elas te conhecessem...

Lugar Comum

Noite de sábado, 22h04, calor abafado no Rio de Janeiro.

Café da manhã: Uma pepsi light (de máquina) e um pão de batata.
Almoço: Um rápido lanche a caminho do Maraca, com suco de laranja.
Jantar: Rodízio na Churrascaria Cruzeiro do Sul, em Botafogo.
Na madrugada: nada, eu acho.
O que ouço: O ar condicionado 'moderno' deste hotel.


Hoje entrei numas de entender o nosso amor.

Amor que se foi.

Amor inesperado.


Amor de colega.

Amor de amigo.

Amor de namorado.

Amor de quem hoje guarda carinho.


Enfim, amor.

Ouso entrar no seleto grupo daqueles que jamais entenderão o que ele é.

Rei Posto...

Manhã de terça, 10h28, temperatura indefinida.

Café da manhã: Café com leite.
Almoço: (ontem) Comida de casa. Arroz, Feijão, e muitos legumes!
Jantar: (ontem) Frango a Passarinho do Passarela, em Santos.
Na madrugada: Jantei nessa hora.
O que ouço: O barulho da panela de pressão, vindo lá da cozinha.

"Brasília é uma ilha, Eu falo porque sei. Uma cidade que fabrica sua própria lei. Onde se vive mais ou menos como na Disneilândia..."

Macaco Simão não se cansa de repetir. Brasil, o país da piada pronta.
O artigo de Clóvis Rossi nesta terça-feira, dia 6 de novembro de 2007, é tão perfeito, retrata tão bem a relação do poder (quem está nele x quem está fora), que fica difícil escrever algo.
Mas não pode passar em branco.

Se você ainda não sabe, a discussão é essa: em meio às negociatas (sujas/necessárias) para a prorrogação da CPMF, eis que na calada da noite aqueles que mancharam a história do PT tiraram dos arquivos uma proposta para reeleição infinita. É isso mesmo, infinita.

Eis o trecho da matéria da FOLHA, de 1/11/07. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mandou desarquivar em abril deste ano uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que permite a reeleição sem limites para cargos majoritários --o que abriria caminho para a aprovação de um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pedido, feito em fevereiro, partiu do deputado petista Fernando Ferro (PE). Ele solicitou o desarquivamento de propostas sobre a reeleição.

De autoria do ex-deputado Inaldo Leitão (PR-PB), a proposição permite ao presidente da República, prefeitos e governadores concorrerem a infinitas reeleições, desde que se licenciem do cargo seis meses antes da disputa.

Agora, a melhor parte: a justificativa do senhor deputado.



"Fui oposição muito tempo.
Agora sou governo, e gosto muito. Não pretendo mais deixar de ser. Desejo longa vida à oposição... na oposição".


A definição de Clóvis Rossi: "houve um tempo em que, pelo menos, havia um certo pudor -ou fingia-se um certo pudor". Leia o artigo completo aqui (acho que só assinantes UOL/FOLHA podem).

O presidente fala, por sua vez, em "sarna pra se coçar". Rechaça absurda possibilidade. Não sei mais em quem acreditar. E acho que sou (ou era) ainda um dos poucos que não se arrependeu do voto.

Hora de rever conceitos.

Dor de Nada

Madrugada de sexta, 02h18, calor pós chuvas

Café da manhã: nada.
Almoço: Arroz, Feijão, Strogonoff e salada de almeirão.
Jantar: Chesseburger, batata frita e a maionese temperada do New Dog.
Na madrugada: nada.
O que ouço: Sportscenter, sempre leve, com o Amigão e o Antero.

Uma dor que nem sei ao certo do que é.

É física, ou vem da alma?

Parece uma pontada no coração. Coração recheado de vazio.

Dor na perna. O chute foi forte. Não caí. Ainda bem.

A dor na perna é menor do que a dor moral. Somos selvagens.

Quem devia dar o exemplo, chuta.

Quanta prolixidade. Nem sei se essa palavra existe.