Ele e o Mar

Noite de sexta, 22h21 (horário de Bogotá), um frio colombiano de 13 graus

Café da manhã
: Suco de laranja com mamão e um sanduíche de queijo Minas quente.
Almoço
: Um lanchinho bem minguado no avião.
Jantar: Ainda no avião, frango a milanesa com purê de batata e legumes.
Na madrugada
: Sem fome.
O que ouço
: Los Hermanos de 'A a Z'!!

Vem a onda.
Ele se benze. Não é religioso, mas sempre reverencia Iemanjá, a Rainha do Mar.
A água gelada logo espalha a baixa temperatura por seu corpo.
Ele mergulha. Está só e dialoga com si próprio. Lembra quantas vezes se encontrou com o oceano. E como isso o faz se sentir bem.
Ali, não existe mais ninguém. Os banhistas ao lado são meros figurantes.

Um novo mergulho. Por um instante não há mais mágoas e frustrações. O mundo está parado e o som das águas salgadas o hipnotiza.
O nado contra a maré é a metáfora do cotidiano da vida. Nem sempre as águas são calmas, ou remam a favor dele. O exercício libera adrenalina. Uma cambalhota e uma sensação de arrepio.

As ondas que vêm são as mesmas que vão. Assim como vão os problemas.
Ele está recarregado, limpo, com o espírito pronto pra outra semana.
O mar, de fidelidade única, lá está. O espera para um novo encontro.

2 comentários:

Kagê disse...

"Num indo e vindo infinito...
Tudo o que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo"

Por isso adoro "Como uma Onda".

Este teu dialogo com vc é lindo.

Beijos

Ka
(era noite de sexta e nao de sabado, não?)

luis augusto simon disse...

bacana o seu blog. e obrigado pela dica do tantra. um abraço