Bolachas, Reflexões e Jornalismos

Noite de terça-feira, 20h07, clima indeterminado.

Café da manhã
: não deu tempo.
Almoço
: Arroz, Feijão e um Picadinho de Carne com Batata.
Jantar: (ontem) Ribs no Friday´s de Campinas.
Na madrugada
: (ontem) Spaghetti alho e óleo
O que ouço
: Paulista x Lusa, Série B do Brasileirão na Rádio Globo. Reinaldo Moreira narra, Osvaldo Pascoal comenta e Vanessa Ruiz faz as reportagens.

Enquanto tento coordenar uma mordida na bolacha água e sal e o diálogo com os pais via Nextel, uma reflexão. Ser filho de jornalistas provoca isso. Lá estamos nós falando da tão desgastada profissão.

O que é ser um jornalista hoje, dia 02 de outubro de 2007? Estou no mercado, enveredei
para a área esportiva bem no início da carreira. Foram poucos (e proveitosos) os tempos de geral, fechamento e até matérias culturais. Dentro da mesma discussão, o tema é: trabalhar em rádio. Sem qualquer demérito aos colegas radialistas, gosto de frisar que sou um jornalista trabalhando no rádio. E por que isso? Chega daquele ranço de que o rádio é um meio menor. Chega daquela convenção de que trabalhar com Esportes é algo de menor valor, se comparado a outras áreas. Grandes profissionais que cruzam (ou cruzaram) meu curto caminho, me fizeram ver o contrário.
Sem mais delongas, e voltando ao tema inicial, tento seguir a linha 'contador de histórias', mas com uma ponta de ironia. Provocar o leitor/ouvinte é sinônimo de vitória. Contar, só por contar, dá tédio.
Um exemplo: semana passada, estive no Parque São Jorge acompanhando a apresentação do técnico Nelsinho Batista. Com um discurso otimista, ele falava em conquistar uma vaga na Sul-Americana e não em livrar-se do rebaixamento, como todos ali imaginávamos. Eis minha interpretação, redigida e narrada na Rádio Eldorado/ESPN: Nos cálculos do novo técnico, a equipe precisa de 21 pontos para não só livrar-se do descenso, mas também alcançar uma vaga na Copa Sul-Americana. Ou seja, o time que até então em 27 jogos venceu apenas oito precisaria de sete vitórias nos 11 que faltam.
Ironia?

Dizem que homens não conseguem fazer duas coisas ao mesmo tempo, né? Eis que me pego quase mordendo o Nextel enquanto tento me comunicar via bolacha. Haja coordenação.

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito boa essa, do começo ao fim, em todos os sentidos, adorei, hehehe... Beijinhos...

Kagê disse...

Pior seria jogar o Nextel no lixo e falar com uma casca de banana....

Camilinha disse...

E eu, se fosse a sua mãe, ainda aproveitaria essa conversa pelo Nextel para mandar você comer direito. Olha a dieta menino! Saco vazio não pára em pé, já dizia a minha avó.
Muito bacana seu blog!
Abraço!