Manhã de terça, 10h28, temperatura indefinida.
Café da manhã: Café com leite.
Almoço: (ontem) Comida de casa. Arroz, Feijão, e muitos legumes!
Jantar: (ontem) Frango a Passarinho do Passarela, em Santos.
Na madrugada: Jantei nessa hora.
O que ouço: O barulho da panela de pressão, vindo lá da cozinha.
"Brasília é uma ilha, Eu falo porque sei. Uma cidade que fabrica sua própria lei. Onde se vive mais ou menos como na Disneilândia..."Macaco Simão não se cansa de repetir. Brasil, o país da piada pronta.
O artigo de Clóvis Rossi nesta terça-feira, dia 6 de novembro de 2007, é tão perfeito, retrata tão bem a relação do poder (quem está nele x quem está fora), que fica difícil escrever algo.
Mas não pode passar em branco.
Se você ainda não sabe, a discussão é essa: em meio às negociatas (sujas/necessárias) para a prorrogação da CPMF, eis que na calada da noite aqueles que mancharam a história do PT tiraram dos arquivos uma proposta para reeleição infinita. É isso mesmo, infinita.
Eis o trecho da matéria da
FOLHA, de 1/11/07. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mandou desarquivar em abril deste ano uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que permite a reeleição sem limites para cargos majoritários --o que abriria caminho para a aprovação de um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido, feito em fevereiro, partiu do deputado petista Fernando Ferro (PE). Ele solicitou o desarquivamento de propostas sobre a reeleição.
De autoria do ex-deputado Inaldo Leitão (PR-PB), a proposição permite ao presidente da República, prefeitos e governadores concorrerem a infinitas reeleições, desde que se licenciem do cargo seis meses antes da disputa. Agora, a melhor parte: a justificativa do senhor deputado.

"Fui oposição muito tempo. Agora sou governo, e gosto muito. Não pretendo mais deixar de ser. Desejo longa vida à oposição... na oposição".
A definição de Clóvis Rossi: "houve um tempo em que, pelo menos, havia um certo pudor -ou fingia-se um certo pudor". Leia o artigo completo
aqui (acho que só assinantes UOL/FOLHA podem).
O presidente fala, por sua vez, em
"sarna pra se coçar". Rechaça absurda possibilidade. Não sei mais em quem acreditar. E acho que sou (ou era) ainda um dos poucos que não se arrependeu do voto.
Hora de rever conceitos.